Nas assembléias realizadas pelos Sindicatos dos Urbanitários e Engenheiros na última sexta-feira, 29, os trabalhadores decidiram rejeitar a proposta da Celpa/Equatorial, estabelecer esta semana como prazo limite para se chegar a um acordo em mesa de negociação e realizar novas assembleias no dia 06/12. Os presentes às assembléias de Belém e regionais também deliberaram retomada das negociações, já agendada para dia 4.
Os sindicatos também colocaram em deliberação o resultado da negociação da PLR 2013. Os trabalhadores rejeitaram a proposta da empresa, pois apesar da empresa ter feito pequena movimentação em sua proposta, ainda contém itens inaceitáveis pelos trabalhadores. A diretoria da Celpa/Equatorial insiste em excluir da PLR as trabalhadoras que estiverem em licença maternidade, o que é uma atitude deplorável. Conforme a negociação da quarta-feira, a empresa levou à mesa a proposta de contar para efeito de PLR somente dois meses entre os seis meses referentes à licença maternidade. Isso é excluir as trabalhadoras que estão usufruindo o direito à maternidade.
Neste ponto, a empresa aceitou incluir para efeito de PLR os trabalhadores afastados por acidente de trabalho, mas mantém a exclusão para os empregados que estiveram afastados por auxílio-doença, o que é um absurdo, visto que o trabalhador não está ausente por vontade própria, sem falar que é na doença que o trabalhador mais precisa ter reconhecida a sua participação nos resultados da empresa.
Sobre o valor médio de premiação dos gerentes, a empresa baixou o valor de 7 à 8 Sb (salários-base) para 6,5 Sb. A proposta do sindicato é de 5,5 SB. Já para os demais trabalhadores, o teto passou de 2,2 para 2,5 SB, mais periculosidade para quem recebe. Sendo que, para a obtenção desse valor, 2 Sb estariam vinculado a metas da equipe, 0,25 ao custeio e 0,25 às perdas. A proposta da categoria é de 3 SB.
Na reunião do dia 27, a empresa incluiu na proposta de PLR o que ela chama de piso multiplicador (piso mínimo em termos de salários – destinado aos que ganham abaixo de 1,3 mil reais). A categoria defende que esse piso seja de R$ 2.000,00.
Na avaliação do Sindicato dos Urbanitários, a diretoria da Celpa/Equatorial tem como melhorar sua proposta. Essa é também a avaliação do conjunto dos trabalhadores, tanto que a proposta da empresa foi rejeitada em todas as regionais onde realizaram-se assembléias, sendo que em muitos municípios a rejeição da proposta da Celpa/Equatorial aconteceu de forma unânime.
Assédio – Em Belém, a pressão por parte da empresa para que os trabalhadores votassem aprovando a proposta foi absurda. Todos os gerentes e diretores compareceram à assembléia com o propósito de votar pela aprovação, mas ainda assim a proposta da Celpa/Equatorial foi rejeitada por maioria. Mais uma vez a diretoria da empresa teve a oportunidade de ver que os Urbanitários do Pará não se intimidam, não se rendem e nem se vendem, pois são de luta e sabem a força que tem. Vamos em frente!
Fonte: Sindicato dos Urbanitários do Pará
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