domingo, 15 de dezembro de 2013
IBGE: EMPREGOS FORMAIS CRESCEM 65,7% NO PAÍS, EM 10 ANOS
O número de empregos formais no país cresceu 65,7% no período 2002-2012, apontou a Síntese de Indicadores Sociais (SIS) 2013, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O total de empregados passou de 28,6 milhões para 47,4 milhões no período.Em termos absolutos, o setor de serviços continua a ser o que mais possui empregos formais, com 16,1 milhões, alta de 78% frente a 2002. Já a construção civil foi o segmento que mais gerou postos formais de trabalho. Em 2012, o setor possuía 2,8 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que representou avanço de 155% frente a 2002.
No período 2002-2012, o IBGE observou aumento significativo da proporção de trabalhadores em empregos formais, que passou de 45% para 57%.
De acordo com o estudo, em 2002, havia maior concentração em posições mais precárias como empregados sem carteira, trabalhadores domésticos, por conta própria, na construção e na produção para o próprio uso e não remunerados, que totalizavam 59% da população ocupada. Em 2012 esse percentual caiu para 49%.
“Dentre os fatores que contribuíram para esse resultado, pode-se citar a retomada do crescimento econômico, o aumento da renda real, a redução do desemprego, a política da valorização do salário mínimo e a política de incentivo à formalização, como, por exemplo, a criação do Simples Nacional”, afirma a equipe técnica do IBGE no estudo.
Apesar dos avanços, a informalidade ainda apresenta taxas expressivas entre os mais novos e os mais velhos. Nesta situação, encontravam-se 47% das pessoas entre 16 e 24 anos em 2012, ao passo que, dez anos antes, cerca de 62% estavam nessa condição. A informalidade também caiu entre trabalhadores de 60 anos ou mais de idade, de 82%, em 2002, para 71%, em 2012.
“Os idosos, em grande medida, já completaram seu ciclo produtivo, sendo que seu retorno ou manutenção no mercado de trabalho ocorre devido à necessidade de complementação da renda ou mesmo como um meio de socialização. Como grande parte deste grupo já é composto por aposentados ou pensionistas, a carteira de trabalho assinada não é o aspecto que mais atrai esse grupo para o retorno ao mercado de trabalho”, explicam os especialistas.
“No caso dos jovens, a elevada taxa de informalidade pode ser explicada pela busca do primeiro emprego e, em alguns casos, pela necessidade de conciliar o trabalho com o estudo, fazendo com que a posse de carteira assinada ou a contribuição previdenciária não seja um requisito imprescindível”, diz o IBGE.
Fonte: Valor Econômico
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