terça-feira, 10 de dezembro de 2013

DILMA: MANDELA DEIXOU LIÇÕES PARA OS QUE BUSCAM A LIBERDADE, JUSTIÇA E A PAZ


A presidenta Dilma Rousseff discursou na cerimônia religiosa em homenagem ao ex-presidente sul africano Nelson Mandela, que está sendo realizada no estádio FNB, em Johanesburgo, e afirmou que sua luta se "transformou em um paradigma para todos os povos".

Dilma, que foi bastante aplaudida ao ser chamada para a tribuna dos oradores, lamentou a morte do "grande líder Nelson Mandela" e disse que o ex-presidente foi a "maior personalidade do século XX", conduzindo com paixão e inteligência um dos mais importantes processos de emancipação humana" da história recente, o fim do apartheid.

A presidente afirmou ainda que Mandela inspirou "a luta no Brasil e na América do Sul". O discurso da governante foi feito logo após a fala do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama."Madiba, como carinhosamente vocês o chamam, constituiu exemplo e referência para todo nós", acrescentou Dilma.

A presidente elogiou ainda a capacidade de Mandela para suportar o "cárcere e o sofrimento". Dilma, em sua época de militância política durante o regime militar, foi presa e torturada.
Símbolo da luta contra o racismo na África do Sul, Mandela esteve preso por 27 anos e governou o país após a sua libertação. “O apartheid, que Mandela e o povo sul-africano derrotaram, foi a forma mais cruel da desigualdade social e política”, ressaltou Dilma em seu discurso. “Devemos reverenciar esta manifestação suprema de grandeza e de humanismo. Sua luta transcendeu suas fronteiras nacionais, e inspirou homens e mulheres, jovens e crianças a lutarem por seus ideais", disse.


Por que Dilma foi escolhida para falar na homenagem a Mandela

A escolha da presidenta Dilma Rousseff como um dos seis líderes de Estado – os outros são Barack Obama, Raul Castro, de Cuba, Pranab Mukherjee, da Índia, o vice Li Yuanchao, da China, e Hifikepunye Pohamba, da vizinha Namíbia – que discursarão na cerimônia oficial em memória de Nelson Mandela, na terça-feira, dia 10, na África do Sul não é apenas uma honra concedida a nosso País, uma das maiores populações negras fora do continente africano. É um ato que tem outros significados.

O primeiro deles, a evidência do papel que o Brasil desempenha hoje, tanto entre os Brics, que integramos ao lado da África do Sul, quanto em toda a comunidade das nações.

É, também, um reconhecimento à postura histórica da diplomacia brasileira em favor da descolonização e do fim da discriminação no continente africano, iniciada com gigantes como o embaixador Ítalo Zappa, nos anos de 1970, e que ganhou novo e magnífico impulso a partir do governo Lula, que elevou ao primeiro plano nosso relacionamento com a África.

A brasileira foi a única latino-americana convidada para discursar no ato. Dilma afirmou ainda que os brasileiros carregam sangue africano e celebram o exemplo de um grande líder. "O governo e o povo brasileiro se inclinam diante da memória de Nelson Mandela. Viva Mandela para sempre", pronunciou.

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