sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Duciomar x Jatene: A disputa pela incompetência e inoperância pelas mortes causadas pelo mal de Chagas em Belém


À direita a criatura ao lado do criador, novamente em dobradinha política.
Por Cláudio Carvalho*

Parece “Feitiço”. Mas, não é. É a realidade da saúde no Estado do Pará que está cada vez mais crítica, beirando ao desespero. Não bastasse os casos dos bebês mortos e das gestantes em atendimento deprimente, o obituário da saúde parece está sendo diagnosticado pelos governos do Estado e do município de Belém. Há talvez até uma disputa pela liderança, para ver quem é o mais incompetente e inoperante dos governos, sobre a nova onda de mortalidade que se avizinhou do nosso Estado e do nosso município.

Aos poucos as vítimas do Mal de Chagas vão aparecendo. A princípio, tendo como o grande vilão da historia, o mais importante fruto paraense, e em seu lastro o conjunto dos trabalhadores que sobrevivem de seu manuseio e comercialização. Prá completar, só o Instituto Evandro Chagas tem conseguido diagnosticar com precisão a doença e já confirmou a presença de pelo menos três tipos de insetos barbeiros, que podem transmitir a doença em nosso município. Um verdadeiro desterro, desrespeito e inoperância à vista.

A mortalidade pelo Mal de Chagas está aumentando e isso é um fator que preocupa, principalmente pelo diagnóstico tardio. Como consolo tanto o governo do Estado como a prefeitura de Belém, em reunião recente, prometem radicalizar suas atuações de combate a doença, com as ações práticas, pasmem: fazendo o cadastramento para controle de todos os trabalhadores de máquinas de açaí; articular o comprometimento dos “açaizeiros” para a assinatura de um TAC, Termo de Ajustamento de Conduta. Ou seja, um instrumento importante que serve como embasamento jurídico caso uma das partes não cumpra o seu acordo, que deve acabar sobrando como muita punição para os trabalhadores.

A questão é que nem a Sesma e nem a Sespa estão preparadas e capacitadas para enfrentar um surto de doenças dessa natureza. Por isso, a perspectiva da perda do controle já é uma realidade e não podemos nos conformar com as suposições que vem fazendo a secretaria estadual e municipal, que sobre a alegação de notificar e desativar pontos de vendas do açaí estará resolvendo o problema. “È um grito pela vida, um grito pela vigilância sanitária e um grito pela saúde pública”, comentou uma das irmãs de uma vítima fatal.

* Claudio Carvalho é filiado ao PT-Belém e publicou o artigo acima em sua página do Facebook.

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